O amor é algo lindo, certo? Apaixonar-se é muito bom, é um dos motivos que fazem nossa vida ter sentido, certo? Encontrar a pessoa perfeita, aquela que te completa, aquela que você tem certeza que foi feita especialmente para você, é gratificante, certo?
Mas o que acontece quando você encontra a pessoa ideal, mas você não é a pessoa ideal para ela? Que mistérios se encontram escondidos nesse processo onde o cupido acerta sua flecha em apenas um dos envolvidos e esquece-se de acertar o outro, o alvo mais importante, o objeto de nossa paixão, a Anna Julia do Los Hermanos?
Um exemplo claro de que a música pode sim afetar nossas vidas, está no filme (500) Days of Summer, dirigido por Marc Webb e tendo como estrelas principais Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel.
Logo no início do filme, podemos encontrar Tom Hansen (Joseph) como um azarado escritor de cartões comemorativos e um romântico sem esperanças. Ele nos é introduzido pelo narrador da história, que afirma com suas palavras “Esta é a história de um rapaz que conhece uma moça. O rapaz, Tom Hansen de Margate, Nova Jersey, cresceu acreditando que nunca seria feliz de verdade até o dia em que conhecesse a predestinada. Esta crença está associada a uma exposição precoce a música pop britânica triste e a uma total má interpretação do filme “A Primeira Noite de um Homem”. A garota, Summer Finn de Shinnecock, Michigan, não compartilha dessa crença. Desde o término do casamento de seus pais, ela só adorava duas coisas. A primeira, seus cabelos negros compridos. A segunda era como ela conseguia cortá-los facilmente e não sentir nada. Tom conheceu Summer no dia 8 de janeiro. Ele soube quase que imediatamente que era ela quem ele estava procurando. Esta é a história de um rapaz que conhece uma moça. Mas você tem que saber de antemão, que não é uma história de amor.”
Virei fã dos Smiths desde que conheci a música “The Boy With The Thorn In His Side” do album “The Queen Is Dead” e posso afirmar o quanto eles são melancólicos. Deixo a recomendação!
“And if a double-decker bus crashes into us, to die by your side is such a heavenly way to die... And if a ten-ton truck kills the both of us, to die by your side, well, the pleasure and the privilege is mine.”
E se um ônibus de dois andares batesse em nós, morrer ao seu lado seria um jeito divino de morrer... E se um caminhão de dez toneladas matasse a nós dois, morrer ao seu lado, bem, o prazer e o privilégio seriam meus.
Escutei canções melancólicas cerca de uma vez por semana, em média (trezentas vezes no primeiro mês, e de vez em quando depois disso), desde os meus treze anos de idade. Como é que isso pode não deixar você magoado de alguma forma? Como é que isso pode não transformá-lo no tipo de pessoa passível de se quebrar em pedacinhos quando seu primeiro amor dá todo errado?
Deixo com vocês a pergunta: Eu ouvia música pop porque estava infeliz? Ou estava infeliz porque ouvia música pop?