Welcome to Lucid Dreams!

É possível viver a dois com alguém cuja coleção de discos, filmes ou livros é incompatível com a sua? As pessoas podem ter um gosto sofrível e ainda assim merecer que as conheçamos? As canções e os filmes e as histórias sobre dores-de-cotovelo, sofrimento e solidão estragam nossas vidas, se consumirmos em excesso? Aqui você conhecerá um pouco sobre o amor platônico no mundo da música, da poesia, e do cinema. Amores não correspondidos, desilusões amorosas e o escambal, nas palavras de artistas famosos que conquistam os nossos ouvidos a cada dia.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Belíssimo,

com superlativo de José Dias e tudo (quem leu Dom Casmurro entendeu).
Eu me sinto na necessidade de compartilhar esse vídeo, mesmo sabendo que a maioria, senão todos, não devem gostar da Vanessa da Mata, ou simplesmente são indiferentes ao seu trabalho, como eu também sou. É só que, passando os canais da TV, me deparei com um vídeo tão... expressivo, tão doído, tão sentido, tão nostálgico, lindo. Realmente lindo. E acho que vale a pena ver.

domingo, 26 de junho de 2011

"Aprendi que...


Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim. E ter paciência para que a vida faça o resto."

  • William Shakespeare

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"No fundo,

mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?"

  • Tati Bernardi

Sail us to the moon...


Insônia, de Álvaro de Campos

Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insônia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.

Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!

Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!

Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.

Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.

Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!

Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstração de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê... Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo exceto no poder dormir!

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.

Vem, madrugada, chega! Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.

Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.

Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exatamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exatamente. Mas não durmo.

  • Fernando Pessoa

sexta-feira, 17 de junho de 2011

“Deus,

 põe teu olho amoroso sobre todos que já tiveram um amor, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem…”

  • Caio Fernando Abreu

domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos Namorados

Assim como em 14 de Fevereiro, 12 de Junho comemoramos também o Dia dos Namorados. Celebramos uniões amorosas entre casais trocando cartões e presentes - mas afinal, de onde vem a palavra “namoro”? Provavelmente há um meio termo de posses aí. Talvez apenas um rótulo? Não sei. Há pessoas que gostam da palavra e esse papo todo de “você é meu e eu sou seu”. Se você está com quem você ama, e este sente o mesmo pela sua pessoa, o rótulo pode caber a você. A não ser é claro, que não exista fidelidade. Aí é outra coisa.

Eu poderia muito bem escrever uma postagem sobre o quanto é ruim passar este dia sozinho, afinal, depois de ver o quão numeroso são as pessoas que reclamam a respeito deste dia, seria muito fácil escrever algo do tipo, mas não. Quer dizer, também estou passando o dia sozinho, fui flagrado com um olhar assustador ao olhar um twitter de horóscopos (@ApenasSignos) dizer: “#Touro: Você quer conversar e rir com ele (a) igual costumava antes, não é?” E tipo... Nossa, quer dizer, é a minha situação. Mãããs, vou reservar todo o sentimento frio e amargo da solidão para outro dia, não quero deprimir ninguém mais além de mim mesmo.

Hoje é o dia dos apaixonados, dos pombinhos, das flores e dos chocolates. Dos beijos calorosos que fazem esquecer a temperatura gelada do mês. Para alguns uma data especial, para outros um domingo solitário com a família. Confesso que assim como meus aniversários, nunca me dei bem em datas como esta. Houve apenas uma em especial que consigo me lembrar com clareza. Faz alguns anos. Se você está compromissado com alguém, aproveite este dia! Pode não se repetir tão cedo. Por mais que estejam a quilômetros de distância ou separados por uma barreira de desavenças, entendam-se. O dia é de vocês.

Entre acordes melosos e muitas letras significativas, esses casais se conhecerem e viveram histórias de amor com ótimas trilhas sonoras.

John Lennon & Yoko Ono

O casal, que se conheceu em 9 de Novembro de 1966, iniciaram apenas em 1968 um relacionamento amoroso. Após a separação de Lennon e Cynthia Powell, o caminho ficou aberto para Yoko. Ele a levara para gravações do Álbum Branco dos Beatles. O clima entre a banda já não estava dos melhores e a presença de Yoko elevou o clima pesado, pois Paul e George não a viam com bons olhos. Uma pressão causada não só pelos fãs mas também pela imprensa ao declarar Yoko “feia”, fez com que John declarasse a todos que ambos formavam uma pessoa só. Durante os últimos anos dos Beatles, tornaram-se inseparáveis. Apareceram juntos na gravação de Rock and Roll Circus dos Rolling Stones e protestaram juntos contra a guerra do Vietnã. No dia 20 de março de 1969, eles se casaram em Gilbratar e na lua de mel promoveram o famoso bed-in (protesto pacífico feito pelo casal).

Kurt Cobain e Courtney Love



Na discoteca Satyricon em Portland no dia 12 de Janeiro de 1990 foi quando tudo começou. Tanto Cobain quanto Love tinham bandas de rock underground. Love dava os sinais, mas Cobain era evasivo. No início de seu namoro, não ia aos encontros e ignorava os avanços de Love, pois não sabia se queria de fato viver um relacionamento.

“Eu estava determinado a ser um solteirão por alguns meses [...] Mas eu sabia que eu gostava tanto de Courtney imediatamente que era uma luta muito difícil ficar longe dela por tantos meses".

Courtney Love o viu pela primeira vez uma performance do Nirvana em 1989 em um show em Portland, Oregon; falaram brevemente após o show e Love desenvolveu uma paixão por ele. Casaram-se em 24 de Fevereiro de 1992, poucos dias após o termino da turnê do Nirvana no Pacífico. Foi uma cerimônia na praia de Waikiki, no Havaí. Ela usava um vestido de cetim e renda, já ele optou por um pijama verde, porque tinha sido “muito preguiçoso para vestir um smoking”. Em entrevista ao The Guardian, Love revelou a oposição ao casamento de várias pessoas: "Kim Gordon [do Sonic Youth] senta-se pra mim e diz: "Se você se casar com ele sua vida não vai acontecer, ele vai destruir a sua vida. Mas eu disse: "Seja como for, eu o amo, e quero estar com ele!... Não foi culpa dele. Ele não estava tentando fazer isso.". Semanas depois, Cobain disse que "nos últimos dois meses fiquei noivo e minha atitude mudou drasticamente", em entrevista à Sassy Magazine. "Eu não posso acreditar o quanto estou feliz. Às vezes até me esqueço que estou em uma banda, eu estou tão cego pelo amor. Eu sei que soa constrangedor, mas é verdade. Eu poderia desistir da banda agora mesmo. Não importa, mas estou sob contrato."

E que tal falarmos também do casal brasileiro mais famoso que já existiu? William Bonner e Fátima Bernardes? Não. Luciano Huck e Angélica? Também não. Mallu Magalhães e Marcelo Camelo? Não mesmo! Estou falando é de Eduardo e Mônica. Esses Eduardo e Mônica.


"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão? Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar. Ficou deitado e viu que horas eram, enquanto Mônica tomava um conhaque no outro canto da cidade, como eles disseram. Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer e conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer. Um carinha do cursinho do Eduardo que disse "Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir". Festa estranha, com gente esquisita, "Eu não tô legal", não aguento mais birita" e a Mônica riu, e quis saber um pouco mais sobre o boyzinho que tentava impressionar. E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa "É quase duas, eu vou me ferrar". Eduardo e Mônica trocaram telefone, depois telefonaram e decidiram se encontrar. O Eduardo sugeriu uma lanchonete mas a Mônica queria ver o filme do Godard. Se encontraram então no parque da cidade, a Mônica de moto e o Eduardo de "camelo". O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar mas a menina tinha tinta no cabelo. Eduardo e Mônica eram nada parecidos, ela era de Leão e ele tinha dezesseis. Ela fazia Medicina e falava alemão e ele ainda nas aulinhas de inglês. Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud. E o Eduardo gostava de novela, e jogava futebol-de-botão com seu avô. Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação. E o Eduardo ainda tava no esquema: Escola, cinema, clube, televisão. E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente uma vontade de se ver. E os dois se encontravam todo dia e a vontade crescia, como tinha de ser. Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato, e foram viajar. A Mônica explicava pro Eduardo coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar. Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer e decidiu trabalhar (não!). E ela se formou no mesmo mês que ele passou no vestibular. E os dois comemoraram juntos, e também brigaram juntos, muitas vezes depois. E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa, que nem feijão com arroz... Construíram uma casa há uns dois anos atrás, mais ou menos quando os gêmeos vieram. Batalharam grana, seguraram legal - a barra mais pesada que tiveram. Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília e a nossa amizade dá saudade no verão, só que nessas férias, não vão viajar porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação. E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?"

"Eduardo e Mônica" (Legião Urbana) - do álbum "Dois"

Feliz dia dos namorados!

sábado, 11 de junho de 2011

Inconscientemente, parecia querer buscar em...


Inconscientemente, parecia querer buscar em autores, filmes e músicas, algum tipo de consolo. Como se alguém precisasse chegar bem perto do sofá, onde estava, colocar um das mãos em seu ombro e dizer que aquilo era normal. Que acontecia também com outras pessoas. E que iria passar.
  • Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dói a saudade nas lembranças

"Ter saudades de alguém não é sobre quanto tempo se foi desde que vocês se viram ou a quantidade de tempo desde que vocês se falaram. É sobre o momento exato em que você está fazendo algo e desejando que eles estivessem exatamente ali com você."

Por algumas razões desconhecidas e de fato íntimas minhas, a postagem de hoje terá como tema principal um dos piores sentimentos que o ser - humano pode vivenciar: a saudade. Eram aproximadamente 6h50 da manhã e eu estava tomando café, quando me deparei com a lembrança de alguém importante. Eu nem sei ao menos explicar como isso chegou. Apenas senti. Tentei me deitar outra vez, mas não consegui voltar à terra dos sonhos. Aquilo ainda me incomodava.

Segundo dicionários, diz-se o seguinte:

1. Recordação nostálgica.

2. Recordação nostálgica de pessoas ou coisas distantes.

3. Nostalgia.

4. Memória ou recordação de pessoas, familiares ou objetos.

5. Sentimento experimentado entre duas pessoas que estão distantes, ou que ficam muito tempo sem se ver.

5. Lembrança.

6. Lembrança de pessoas ou coisas distantes ou não mais existentes, acompanhada da vontade de tornar a vê-las ou possuí-las.

7. Ter ausência de algo.

A palavra, derivada do latim solitas / solitatis (que também lembra solidão, solitário) faz com que muitas pessoas derramem lágrimas nos dias de hoje. Seja por amizades distantes ou algo perdido, ela está sempre presente nas nossas vidas. Há pessoas que sentem falta de um pedaço de frango. Outras que sentem falta de ser jovem outra vez. Velhos amigos... Infância. Momentos. Conheço pessoas que sentem falta de amor. Afeto, atenção. De ser feliz. De sorrisos, de abraços. E em alguns casos, sentem falta até mesmo de andar. Eu, em especial, sinto falta de alguém que já magoei muitas vezes. Como diria Renato Russo “se fosse só sentir saudade...”, porque sinto culpa também. Sinto medo de nunca mais poder recuperar momentos tão preciosos que já tive algumas (poucas) vezes.

A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. Mas o que fazer, quando a única pessoa que poderia enxugar suas lágrimas, é a mesma que te faz chorar? Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante (Carlos Drummond de Andrade). Tem horas que eu me perco sem aquela pessoa aqui, e aí eu lembro: tá tão longe de mim. E o meu coração grita: mas tá aqui dentro (Caio Fernando Abreu). Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida. Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já (Pablo Neruda)... Mas para estar junto, não é preciso estar perto. E sim do lado de dentro (Leonardo DaVinci).


“Save some face, you know you've only got one. Change your ways while you're young. Boy, one day you'll be a man... Oh girl, he'll help you understand. Smile like you mean it, smile like you mean it. Looking back... At sunsets on the East side, we lost track... of the time. Dreams aren't what they used to be, some things sat by so carelessly... (...) And someone is calling my name, from the back of the restaurant. And someone is playing a game, in the house that I grew up in. And someone will drive her around, down the same streets that I did, on the same streets that I did...”

Guarde algum rosto, você sabe que só tem um. Mude seus jeitos enquanto é jovem. Garoto, um dia você será um homem... Oh garota, ele te ajudará a entender. Sorria com intensidade, sorria com intensidade. Olhando para trás... para o pôr-do-sol ao leste, nós perdemos a noção do tempo. Sonhos não são o que costumavam ser, algumas coisas pararam sem se importar. (...) Alguém está chamando meu nome, dos fundos do restaurante. E alguém está jogando um jogo, na casa em que eu cresci. E alguém irá levar ela pelas mesmas ruas que eu levei, nas mesmas ruas que eu levei...

"Smile Like You Mean It" (The Killers) - do álbum "Hot Fuss"


“Hello dear, the angel from my nightmare; The shadow in the background of the morgue, the unsuspecting victim of darkness in the valley. We can live like Jack and Sally if we want, where you can always find me. And we'll have halloween on Christmas. And in the night we'll wish this never ends, we'll wish this never ends. I miss you, miss you. I miss you, miss you. Where are you? And I'm so sorry! I cannot sleep I cannot dream tonight, I need somebody and always this sick strange darkness comes creeping on so haunting every time. And as I started I counted the webs from all the spiders, catching things and eating their insides... Like indecision to call you, and hear your voice of treason. Will you come home and stop this pain tonight, stop this pain tonight? Don't waste your time on me, you're already the voice inside my head (I miss you, miss you).”

Olá querida, o anjo do meu pesadelo; A sombra no fundo do necrotério, a vítima insuspeita da escuridão no vale. Nós podemos viver como Jack e Sally se nós quisermos, onde você sempre pode me encontrar. E teremos o Halloween no Natal. E de noite desejaremos que isso nunca acabe, desejaremos que isso nunca acabe. Sinto a sua falta, sinto a sua falta. Sinto a sua falta, sinto a sua falta. Onde você está? E eu sinto muito! Não consigo dormir, não consigo sonhar essa noite, eu preciso de alguém e sempre essa doente estranha escuridão vem se arrastando, me assombrando toda hora. E quando eu olhava, eu contei as teias de todas as aranhas, pegando coisas e comendo suas entranhas... Como a indecisão de ligar para você, e ouvir sua voz de traição. Você virá para casa e acabar com esta dor essa noite, acabar com esta dor essa noite? Não perca seu tempo comigo, você já é a voz dentro da minha cabeça (Sinto sua falta, sinto sua falta).

"I Miss You" (Blink 182) - do álbum "Blink 182"


“Did I disappoint you or let you down? Should I be feeling guilty or let the judges frown? 'Cause I saw the end before we'd begun, yes I saw you were blinded and I knew I had won. So I took what's mine by eternal right. Took your soul out into the night. And may be over but it won't stop there, I am here for you if you'd only care. You touched my heart you touched my soul. You changed my life and all my goals. And love is blind and that I knew when, my heart was blinded by you. I've kissed your lips and held your head. Shared your dreams and shared your bed. I know you well, I know your smell. I've been addicted to you. Goodbye my lover. Goodbye my friend. You have been the one, you have been the one for me. I am a dreamer but when I wake, you can't break my spirit - it's my dreams you take. And as you move on, remember me, remember us and all we used to be. I've seen you cry, I've seen you smile. I've watched you sleeping for a while. I'd be the father of your child. I'd spend a lifetime with you. I know your fears and you know mine. We've had our doubts but now we're fine, and I love you, I swear that's true. I cannot live without you. And I still hold your hand in mine. in mine when I'm asleep. And I will bear my soul in time, when I'm kneeling at your feet. (...) I'm so hollow, baby, I'm so hollow.”

Eu te desapontei ou te deixei triste? Eu deveria me sentir culpado ou deixar os juízes desaprovarem? Porque eu vi o fim antes de começarmos, sim, eu vi, você estava enganada e eu sabia, eu havia ganho. Então eu peguei o que é meu por direito eterno, peguei sua alma durante a noite. E talvez isso tenha acabado, mas não vai parar aí. Eu estou aqui por você, se você apenas se importar. Você tocou meu coração, tocou minha alma. Você mudou minha vida e meus objetivos. E o amor é cego e eu soube disso quando meu coração foi cegado por você. Beijei seus lábios e segurei sua cabeça. Compartilhei seus sonhos e a sua cama. Te conheço bem, conheço o seu cheiro. Eu estive viciado em você. Adeus meu Amor. Adeus minha amiga. Você tem sido a única Você tem sido a única para mim. Sou um sonhador, mas quando eu acordo, você não pode destruir meu espírito - são meus sonhos que você pega. E quando você seguir em frente, lembre-se de mim, lembre-se de nós e tudo que costumávamos ser. Eu já te vi chorar, eu já te vi sorrir. Te observei dormindo por um instante. Eu seria o pai dos seus filhos, eu passaria uma vida inteira com você. Eu conheço seus medos e você conhece os meus. Nós tivemos nossas dúvidas, agora nós estamos bem. E eu te amo, juro que é verdade, eu não posso viver sem você. E ainda seguro sua mão na minha, quando estou dormindo. E eu irei agüentar minha alma no tempo, quando eu estiver ajoelhando aos seus pés. (...) Estou tão vazio, querida, estou tão vazio.

"Goodbye My Lover" (James Blunt) - do álbum "Back to Bedlam"

“Eu realmente queria ser algo que você sente saudade, mas infelizmente eu sou apenas mais uma pessoa das quais você jamais vai sentir falta” eu penso, toda vez que me pego recordando meus erros com quem para longe se foi.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sequência: The Smiths

É bastante normal sentir-se nervoso ao se apaixonar por alguém. Ficamos inseguros, com medo de que talvez não consigamos conquistar aquela pessoa. Se você é alguém de relacionamentos bem sucedidos que mantém por meses uma paixão, parabéns, esta postagem não se dirige á você. As probabilidades de você ter uma vida feliz e realizada são bem maiores.

Mas se você não tem muita “sorte”, sente pena de si mesmo ao se apaixonar por alguém, sente-se incapaz de coabitar o mesmo lugar que a pessoa amada, leva meses para se recuperar de uma perda, não é de muitos amigos e sofre com as pauladas da vida, tenho certeza de que irá se identificar com as letras escritas por Morrissey, o frontman dos Smiths.

Selecionei uma seqüência de três músicas que descrevem muito bem os sentimentos antes e depois de um relacionamento o qual normalmente levamos meses para construir. É quase um ciclo.

1)

Good times for a change... See the luck I've had, can make a good man turn bad. So please, please, please, let me, let me, let me... Let me get what I want this time. Haven't had a dream in a long time... See the life I've had, can make a good man turn bad. So, for once in my life let me get what I want. Lord knows, it would be the first time.

Bons tempos para uma mudança... Veja a sorte que tenho tido, pode fazer um bom homem tornar-se mal. Então, por favor, por favor, por favor, me deixe, me deixe, me deixe... Me deixe ter o que quero desta vez. Eu não tenho um sonho há muito tempo... Veja a vida que tenho tido, pode fazer um bom homem tornar-se mal. Então, pela única vez na minha vida, deixe-me ter o que quero. Deus sabe que seria a primeira vez.

Please, Please, Please Let Me Get What I Want” (The Smiths) – do single “William, It Was Really Nothing”

2)

"I am the son and the heir, of a shyness that is criminally vulgar. I am the son and heir, of nothing in particular. (...) There's a club, if you'd like to go. You could meet somebody who really loves you. So you go, and you stand on your own, and you leave on your own, and you go home, and you cry. And you want to die. (...) When you say it's gonna happen "now", well, when exactly do you mean? See, i've already waited too long, and all my hope is gone. You shut your mouth! How can you say I go about things the wrong way? I am human and i need to be loved, just like everybody else does."

Eu sou o filho e o herdeiro, de uma timidez que é criminosamente vulgar. Eu sou filho e o herdeiro, de nada em particular. (...) Há um clube, se você quiser ir. Você poderia encontrar alguém que te ame de verdade. Então você vai, e você fica sozinho, e você vai embora sozinho, e você vai pra casa, e você chora. E você quer morrer. (...) Quando você diz que vai acontecer "agora", bem, quando exatamente você quer dizer? Veja, eu já esperei demais, e toda minha esperança se foi. Você, cale sua boca! Como pode dizer que eu faço as coisas do modo errado? Eu sou humano e preciso ser amado, como todos precisam.

How Soon Is Now?” (The Smiths) – do album “Meat Is Murder”

3)

Hand in glove. The sun shines out of our behinds. No, it's not like any other love, this one is different - because it's us. (...) We can go wherever we please, and everything depends upon how near you stand to me. And if the people stare, then the people stare... Oh, I really don't know and I really don't care (kiss my shades). (...) The Good People laugh, yes, we may be hidden by rags, but we've something they'll never have. So, hand in glove I stake my claim. I'll fight to the last breath, if they dare touch a hair on your head I'll fight to the last breath. For the Good Life is out there somewhere, so stay on my arm, you little charmer. But I know my luck too well, yes, I know my luck too well. And I'll probably never see you again, I'll probably never see you again...

Mão na luva. O sol brilha por trás de nossas costas. Não, não é como nenhum outro amor, este é diferente - porque somos nós. (...) Nós podemos ir onde quisermos, e tudo depende só do quão perto você ficar de mim. E se as pessoas encararem, deixe que as pessoas encarem. Oh, eu realmente não sei e realmente não me importo (beije minhas sombras). (...) As "pessoas boas" riem, sim, podemos estar escondidos atrás de farrapos, mas nós temos algo que elas nunca terão. Então, mão na luva, eu faço minha reivindicação. Eu lutarei até o último suspiro, se eles ousarem tocar num fio de cabelo seu eu lutarei até o último suspiro. Pois a Boa Vida está lá fora em algum lugar, então fique no meu braço, pequena charmosa. Mas eu conheço minha sorte muito bem, sim, eu conheço minha sorte muito bem. E provavelmente eu nunca mais verei você outra vez, provavelmente eu nunca mais verei você outra vez...

"Hand In Glove" (The Smiths) - do álbum "The Smiths"

Nada que alguém jamais tenha sentido.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Melancolia sem fim

Terminou o namoro? Discutiu com quem você ama? Perdeu alguém importante na sua vida de alguma maneira? Sente-se só neste mundo cruel? Consolo é a primeira coisa que procuramos em momentos como esses, mas um simples e vazio “vai ficar tudo bem” geralmente não resolve. Queremos mais palavras, queremos senti-las. Queremos ouvir a história de pessoas que passaram pela mesma situação, se não parecida. Queremos aliviar a dor da perda compartilhando-a. Desabafamos, choramos, escrevemos textos enormes que cinco minutos depois estão na lixeira. Criamos blogs, fotologs, videologs e mais de mil e uma artimanhas para nos distrair e nos expressar. Mas o que é que nos mantém tão motivados a continuar acreditando? Afinal a esperança é a ultima que morre, mas e quando não a temos? O que nos faz acreditar que ainda poderíamos ter feito a escolha certa? Todas essas e muitas outras perguntas você encontra (não apenas) nas canções dos Smiths.

"The boy with the thorn in his side... Behind the hatred there lies, a murderous desire for love. How can they look into my eyes and still they don't believe me? How can they hear me say those words and still they don't believe me? And if they don't believe me now, will they ever believe me? (...) How can they see the love in our eyes, and still they don't believe us? And after all this time, they don't want to believe us. And if they don't believe us now, will they ever believe us? And when you want to live, how do you start? Where do you go? Who do you need to know?"

O garoto eternamente atormentado... Por trás do ódio jaz um desejo homicida por amor. Como eles podem olhar em meus olhos e continuar sem acreditar em mim? Como eles podem me ouvir dizer aquelas palavras e continuar sem acreditar em mim? E se eles não acreditam em mim agora, Eles vão acreditar algum dia? (...) Como eles podem ver o amor em nossos olhos, e continuar sem acreditar em nós? E depois de todo esse tempo, eles não querem acreditar em nós. E se eles não acreditarem em nós agora, eles vão acreditar algum dia? E quando você quer viver, como você começa? Onde você vai? Quem você precisa conhecer?

The Boy With The Thorn In His Side” (The Smiths) – do album “The Queen Is Dead”

Pensando demais, raciocinando demais, analisando prós e contras e todas as alternativas sobre o que poderia ter acontecido, pensamos em reações, escrevemos diálogos que nunca sairão de nossas cabeças, escrevemos blogs como este que você está lendo.

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